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Santidade? Fala sério!

santidadeNão tenho escrito muito ultimamente. Meu coração anda pesado. É que não tenho certeza se os dividendos religiosos obtidos com a pregação contemporânea, poderão ser apresentados como créditos redentores na eternidade. Isto me assusta; me reduz e faz-me sentir menos apto a cada dia! Paulo exorta Timóteo a apresentar-se como “obreiro aprovado”; Pedro ordena que o rebanho de Deus seja pastoreado “como Deus quer”; enquanto isto, não tenho feito outra oração que não seja: FAZ-ME SANTO SENHOR! E, imerso entre as ordenanças bíblicas, choro sem parar, arrependo-me todo tempo em busca de ser coparticipante da natureza divina. Minha alma anda mergulhada em agonia.

É verdade! Eu sei que este discurso está fora de moda; fora de tom; fora do ritmo “rebolation gospel”. Eu sei que o blog ganharia mais notoriedade se eu escolhesse melhor os assuntos, e não tentasse dizer nas entrelinhas de que todos nós precisamos ganhar um novo desejo por santidade. Sei que se fosse menos incisivo, menos confrontador, teria resultados bem mais significativos. Mesmo assim, não me canso de lembrar que “sem a santificação ninguém verá a Deus”. E, se isto não o apavora, deveria.

Pense adentrando o santo território da eternidade. Aquele para o qual o Espírito preparava-o todas as vezes que você mencionava “Pai nosso que estás nos céus”; o território sagrado do Altíssimo. Aquele que Ele nos obriga a tirar as sandálias impregnadas da poeira das nossas caminhadas pelas estradas sinuosas do reino de baixo. A sujeira, que mesmo os que já foram limpos pela Palavra, precisam constantemente ter os pés lavados. Como temo este grande e terrível dia! Como temo deixar algumas pegadas no alvo solo da glória! Como temo vê-lo face-a-face!

Santidade é uma das doutrinas reconfiguradas pela nova teologia, que emoldurada por uma permissividade cultural, está perdendo sentido e volume dentro da igreja. Que pena! Que pena que nosso amor à Deus está reduzido a cânticos e triunfos pessoais! Que pena que estamos nos esquecendo de nos conformar com Ele! Que pena não haver reações de lado algum! Que pena ver a igreja sendo dirigida por gananciosos sem escrúpulos e ver gente capaz de sustentar toda esta anômala condição! Que pena, quando o Senhor voltar, encontrar um quadro tão horripilante da que foi gerada para ser virgem! Que pena não haverem muitos, dizendo: “basta”!

Mas, para você que passa por aqui pelo blog tantas vezes, eu o encorajo a reagir. Eu o encorajo a cair de joelhos, confessar seus pecados, dar um pontapé no entretenimento e candidatar-se a gemer sob a agonia, de mesmo perdoado, continuar a ser um pecador, um candidato a transgredir e macular o santo propósito de Deus. Talvez isto pudesse mudar as motivações desse nosso bandido coração.

Com amor e carinho

Pr. Weber

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