Início / Artigos / ESQUECEMOS DE ORAR

ESQUECEMOS DE ORAR

oracaoA oração é um dos temas que tem sofrido bastante com o vergonhoso estupro teológico causado por movimentos neopentecostais. Na verdade, eu nem sei se essa classificação é cabível, pois a multiplicidade de formas litúrgicas até a volatilização doutrinária desses movimentos é tão vasta, que acabamos por rotular de neopentecostal aquilo que já é um corrompimento do já corrompido neopentecostalismo.

Conseguiram transformar a oração numa “ferramenta de conquista”. É lamentável ter que admitir que a devocionalidade perdeu a batalha contra a cobiça dos olhos. Hoje, ao se falar publicamente sobre a importância da oração, precisamos ser mais objetivos. Isto porque, a primeira imaginação criada é a de um novo método de obtenção de favores e de manipulação do divino. A que ponto chegamos!

Definitivamente, estamos esquecendo de orar. Estamos esquecendo que oração é um encontro com o Eterno, encontro que Jesus sugere que deva acontecer a portas fechadas, em secreto, num ambiente protegido e privado. Essa simples ideia traz a oração para o campo da devoção, da busca do conhecimento de Deus, da conformação do nosso coração ao coração do Senhor.

Jesus chamou esse ato devocional de BUSCAR O REINO – “Buscai pois em primeiro lugar o reino…”. Buscar o reino é essa união da mente divina com a mente humana; a fusão do coração de Deus ao do homem, até que ele esteja pronto e feliz em dizer: “seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu”. Mas, lentamente, como um veneno mortífero de ação prolongada, uma heresia após outra foi sendo injetada nas veias da igreja até nos fazer ESQUECER sobre como e porquê orar.

Eu sugiro que reaprendamos, que peçamos a Deus que nos ensine novamente essa lição. Não é tão difícil quanto parece, mas exigirá de cada um de nós uma dose de renúncia e confissão. Poderíamos começar por gastar um tempo diário em reclusão e silêncio em nosso quarto – se o tempo é curto, desligue a TV, sacrifique a novela, o filme, o futebol -; depois, poderíamos trabalhar o desejo por intimidade, por conhecer a Deus e sua vontade; e finalmente, perder-nos no tempo e na incontida alegria de ouvir e discernir a Sua voz.

Quem se habilita a nadar contra a correnteza e viver a verdade em detrimento da cultura religiosa? Se você é um deles, me deixe saber!

Solus Christus!

Pr. Weber

Leia também

leia+6

A leitura inspecional Parte 3 | por Gabriel Carvalho

Dando sequência à nossa série de textos “Leia mais e melhor”, finalizaremos neste texto as …