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Um inimigo da oração

Muitas pessoas encontram dificuldades em orar de joelhos, com os olhos fechados, porque caem no sono. Sendo confortável demais a postura do corpo, tudo conduz a uma sonolência, tornando-se o encontro, em poucos minutos, um verdadeiro repouso físico. A solução é não orar de joelhos, nem fechar os olhos.

No dia de Pentecostes, os 120 estavam sentados. No entanto, a prática no Templo foi orar em pé. Tanto o fariseu quanto o publicano estavam em pé quando oraram. Não há regra alguma quanto a esse tipo de atitude. A razão de fecharmos os olhos é exclusivamente afastar-nos das distrações ao nosso redor. Quando, porém, estamos num recinto calmo, tal manobra se faz desnecessária. Faço muitas das minhas orações andando dentro do meu quarto ou gabinete. O movimento pode, mas não precisa ser necessariamente uma distração. O corpo alerta até coopera na concentração espiritual.

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O problema não é a quantidade, mas a qualidade de sua devoção.[/symple_testimonial]Outro inimigo da oração é a hora. Muitos criam inutilmente uma tensão quanto ao prazo de sua “hora devocional”, esquecendo-se de que a dificuldade deste encontro com Deus não está no limite de tempo disponível, mas na atitude e no aproveitamento dos minutos ou das horas dedicados à meditação e à oração. Durante a Segunda Guerra Mundial, o líder inglês Winston Churchill costumava dormir poucas horas por noite, devido à multiplicidade de encontros e decisões que imperavam sobre seu tempo. Em suas memórias, ele contou que sua salvação se deveu ao fato de, num curto espaço de tempo, em meio a um dia assaz tumultuado, poder deitar-se e cair de repente num sono profundo, o qual, mal ultrapassando dez minutos, milagrosamente lhe renovava por completo as forças. Ao despertar, sentia-se inteiramente novo para enfrentar a luta.

A recomendação de todos os homens que vivem “em contato” com Deus é que o primeiro encontro se realize o mais cedo possível durante o dia. Sabemos ser para muita gente extremamente difícil estabelecer comunhão nas primeiras horas, pois inúmeras e urgentes são as pressões e atividades matutinas:
donas de casa com filhos em idade escolar, trabalhadores que moram distante do local de trabalho, estudantes das primeiras turmas e horários. Como realizar um encontro satisfatório dispondo de tão pouco tempo?

Mas, pensando bem… o que custaria levantar apenas uns dez minutos mais cedo para ler um Salmo, meditar um pouco sobre coisas espirituais, pedir ao Senhor perdão e proteção e entregar-Lhe o dia e sua vida a Seus cuidados? O problema não é a quantidade, mas a qualidade de sua devoção. Não deixe que a impossibilidade de um espaço maior de tempo disponível lhe roube aqueles preciosos minutos que você poderá passar na presença do Senhor. Nem consinta que suas obrigações legítimas sejam uma desculpa ou um obstáculo a seu encontro real com Deus.

O Encontro Real - Roberto McAlisterTrecho do livro “O Encontro Real”, de Roberto McAlister, lançado pela Anno Domini em 2010. Nesta obra o autor usa de uma linguagem muito simples e objetiva para apresentar o caminho do encontro verdadeiro entre os filhos e o Pai.

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